JOIA (soneto-poliedro)

Este soneto-poliedro (algo inspirado nos quadrados mágicos da idade média) tenta reproduzir a ideia prismática de uma jóia lapidada. A escolha de um quadrado 7x7 não foi aleatória, uma vez que a simbologia do número me parece remeter a própria origem do quadrado mágico e à arte da lapidação. Seus versos devem (ou podem) ser lidos da esquerda para a direita e de cima para baixo, sem ordem fixa. Pode-se pular os versos ou continuar horizontal/verticalmente de onde se terminou o anterior. As combinações são inúmeras.  A partir disso, quis criar um paralelo com o lance de dados mallarmaico, uma vez que a joia burilada é tb esse dado que "assente sorte alguma".

1 comentários:

Fábio Romeiro Gullo disse...

Márcio, belo e brilhante objeto verbal, faz juz ao título; e fez-me considerar como, a esta altura, todo o arcevo técnico do passado, do verso livre modernista aos formalismos concretistas, já não vivem mais em origens distintas, mas apenas no magma presentificador de algumas pessoalíssimas, sensíveis, oniscientes e virtuosísticas poéticas pós-modernas, como a(s) sua(s). Parabéns por mais este sucesso, camarada!

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