Sistema de aço
Partitura de aço, não ossos.
Para cada vida, um aparelho de imortalidade:
o ofício.
***
Eu comeria deus todo dia,
no olho das plantas; as plantas.
Poca Sombra não conhece a folha verde:
esquece que um dragão se cria na pilha de folhas secas:
avermelhando.
Ela sempre esquece novos pensamentos.
***
[O pássaro criou fios de ovos para chocar.
Não nasceu ovo; mas deu à Lua um deus]
— O pássaro visto por olhos de um. Secou.
Poca Sombra não mais se sacrifica.
Poca Sombra chora
e a noite limpa seus olhos com desejos;
agora volta a ter destino. Já fadada a viver sem nome,
na terra dos sem nome.
— Abandona Poca Sombra e cristaliza-se mãe.
***
Ninguém era de saber dela, nem antes, nem agora.
Todo seu movimento de eregir-se ficou para deus,
que passou a dever-lhe um nome.
Sem ter seu nome de volta,
comeu os dentes de leite de seu filho,
e virou Filho.
(Poemas de Karinna Gulias, descaradamente pirateados do blog do Cláudio Daniel.)
Para cada vida, um aparelho de imortalidade:
o ofício.
***
Eu comeria deus todo dia,
no olho das plantas; as plantas.
Poca Sombra não conhece a folha verde:
esquece que um dragão se cria na pilha de folhas secas:
avermelhando.
Ela sempre esquece novos pensamentos.
***
[O pássaro criou fios de ovos para chocar.
Não nasceu ovo; mas deu à Lua um deus]
— O pássaro visto por olhos de um. Secou.
Poca Sombra não mais se sacrifica.
Poca Sombra chora
e a noite limpa seus olhos com desejos;
agora volta a ter destino. Já fadada a viver sem nome,
na terra dos sem nome.
— Abandona Poca Sombra e cristaliza-se mãe.
***
Ninguém era de saber dela, nem antes, nem agora.
Todo seu movimento de eregir-se ficou para deus,
que passou a dever-lhe um nome.
Sem ter seu nome de volta,
comeu os dentes de leite de seu filho,
e virou Filho.
(Poemas de Karinna Gulias, descaradamente pirateados do blog do Cláudio Daniel.)
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